acidente

Morre morador de rua que caiu de viaduto no Centro de Santa Maria

Michelli Taborda

ATUALIZADA às 13h43min do dia 20 de fevereiro de 2019.

Morreu, no final da manhã desta terça-feira, o morador de rua que havia sofrido uma queda do viaduto Evandro Behr, no Centro de Santa Maria. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde Sidnei Nunes Umpierre, 55 anos, estava internado desde a noite de ontem. 

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, que auxiliou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante o socorro, o homem teria caído de cabeça de uma área aberta que dá acesso à parte debaixo do viaduto. Por conta da gravidade das lesões, ele precisou ser levado ao Husm. 

Pouco antes da queda, uma testemunha teria ouvido a vítima dizer que iria dormir. O homem teria passado para a área que dá acesso à parte debaixo do viaduto, onde dormiria, e em seguida teria caído. A testemunha disse ter ouvido somente o som da queda.

O sepultamento ocorreu na manhã desta quarta-feira, em São Gabriel.

Conforme o filho de Sidnei, Paulo Umpierre, a família sempre tratou a vítima com carinho e atenção. 

- Ele nunca ficou desassistido nem abandonado. Tentamos, por diversas vezes, trazê-lo para casa, mas ele sempre retornava às ruas. Sempre tratamos ele com muito carinho e demos toda a assistência que ele precisou. É uma situação bastante complicada para nós - comentou o filho.

Sidnei foi personagem de uma reportagem do Diário que retratou a situação de alguns moradores de rua em Santa Maria, publicada em julho de 2018. Na época, ele revelou que passou a viver na rua por estar desempregado. Ele saiu de São Gabriel e veio trabalhar no ramo da construção civil em Santa Maria. A empresa que o empregava foi multada e muitos funcionários, demitidos. Ele relatou que há cerca de um ano morava debaixo do Viaduto Evandro Behr.

- Quando vim para Santa Maria até aluguei uma peça, mas aí a firma botou 40 homens para fora (demitiu). Nunca pensei que ia parar na rua. Estou com dinheiro e não consigo pegar porque roubaram minha bolsa com umas roupas e meus documentos. Dei até parte, mas o banco não libera meu dinheiro. Estou em perícia médica e não posso trabalhar. Tem dias que dá uma mágoa assim no peito. Tu ser acostumado a ter ocupação e ter que ficar parado é a mesma coisa que uma pessoa enxergar e perder a visão - contou à reportagem do Diário. 

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